domingo, 29 de maio de 2011
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Leviatã - Anish Kapoor
O escultor apresentou à imprensa sua nova criação, de 35 metros de altura e 120 metros de comprimento, que em seu interior recria a atmosfera envolvente de um organismo vivo. O interior da obra simula o ventre de uma baleia ou de uma mulher grávida, enquanto por fora repete as formas polidas e arredondadas que caracterizam a obra de Kapoor.
Leviatã, abrigado pelo teto de ferro e vidro do Grand Palais, é um conjunto de três esferas conectadas a um quarto corpo mais amplo com o qual Kapoor, pretende "transmitir emoções", embora deixe a interpretação à vontade do público.
Para os menos experimentados na tarefa de decifrar a mensagem da obra, o artista adiantou que seu Leviatã é "uma grande força arcaica ligada ao obscuro", ou "um monstro condicionado por seu próprio corpo, que conserva regiões esquecidas de nossa consciência". A proposta do artista poderá ser visitada no Grand Palais até o dia 23 de junho durante o Monumenta, mostra anual que abre espaço para um artista plástico contemporâneo.
O criador, nascido em Mumbai em 1954 e radicado em Londres desde 1973, explica que um corpo escuro e translúcido de Leviatã é adequado aos desafios arquitetônicos da abóbada envidraçada do Grand Palais para que a luz tênue seja acolhida no interior da obra à medida que avançam as horas. A surpresa, no entanto, fica por conta do "monstro" que sai da "placenta": uma porta rotatória o expulsa das tripas da escultura e convida o visitante a contemplar a pele do corpo do exterior.
"São dois pontos de vista, interior e exterior, que requerem uma operação mental", explicou o escultor, que entende que sentir a diferença entre os dois mundos é um "exercício positivo" para compreender a complexidade intrínseca dos objetos. "Há uma relação entre o efêmero desta escultura, sua pele fina e o imponente peso, sua presença", resumiu Kapoor.
Essa cor, no tom do "sangue coagulado", é também o pigmento que cobre as dermes e as epidermes de Leviatã, escolhida para lembrar o interior do corpo humano, disse o reponsável pela mostra, Jean de Loisy. "É o vermelho da vida, do parto", acrescentou o principal responsável de Monumenta, que associou a obra apresentada em Paris com a Vênus de Willendorf, uma estatueta antropomórfica feminina de mais de 20 mil anos com formas obesas e que guarda traços de policromia vermelha.
Leviatã, abrigado pelo teto de ferro e vidro do Grand Palais, é um conjunto de três esferas conectadas a um quarto corpo mais amplo com o qual Kapoor, pretende "transmitir emoções", embora deixe a interpretação à vontade do público.
Para os menos experimentados na tarefa de decifrar a mensagem da obra, o artista adiantou que seu Leviatã é "uma grande força arcaica ligada ao obscuro", ou "um monstro condicionado por seu próprio corpo, que conserva regiões esquecidas de nossa consciência". A proposta do artista poderá ser visitada no Grand Palais até o dia 23 de junho durante o Monumenta, mostra anual que abre espaço para um artista plástico contemporâneo.
O criador, nascido em Mumbai em 1954 e radicado em Londres desde 1973, explica que um corpo escuro e translúcido de Leviatã é adequado aos desafios arquitetônicos da abóbada envidraçada do Grand Palais para que a luz tênue seja acolhida no interior da obra à medida que avançam as horas. A surpresa, no entanto, fica por conta do "monstro" que sai da "placenta": uma porta rotatória o expulsa das tripas da escultura e convida o visitante a contemplar a pele do corpo do exterior.
"São dois pontos de vista, interior e exterior, que requerem uma operação mental", explicou o escultor, que entende que sentir a diferença entre os dois mundos é um "exercício positivo" para compreender a complexidade intrínseca dos objetos. "Há uma relação entre o efêmero desta escultura, sua pele fina e o imponente peso, sua presença", resumiu Kapoor.
Essa cor, no tom do "sangue coagulado", é também o pigmento que cobre as dermes e as epidermes de Leviatã, escolhida para lembrar o interior do corpo humano, disse o reponsável pela mostra, Jean de Loisy. "É o vermelho da vida, do parto", acrescentou o principal responsável de Monumenta, que associou a obra apresentada em Paris com a Vênus de Willendorf, uma estatueta antropomórfica feminina de mais de 20 mil anos com formas obesas e que guarda traços de policromia vermelha.
Inhotim
Essa viagem foi uma experiência inesquecível, na qual as palavras não são suficientes para explicar todo o encanto no qual fomos envolvidos....
Inhotim é um museu de arte contemporânea particular, fundado em 2002. A instituição de Bernardo Paz é sem fins lucrativos, destinada à conservação, exposição e produção de trabalhos contemporâneos de arte e que também desenvolve ações educativas e sociais.
Inhotim é um museu de arte contemporânea particular, fundado em 2002. A instituição de Bernardo Paz é sem fins lucrativos, destinada à conservação, exposição e produção de trabalhos contemporâneos de arte e que também desenvolve ações educativas e sociais.
domingo, 15 de maio de 2011
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Por uma arquitetura virtual: uma crítica das tecnologias digitais.
O texto de Ana Santos trata de um assunto bem conceitual: O que é arquitetura virtual? Qual a diferença e a relação entre virtual e digital?
As pessoas tendem a entender um projeto arquitetônico digital como uma arquitetura virtual, porém virtual não é necessariamente digital, embora possa ser; e o digital na maioria das vezes, não é virtual. Isto porque os projetos, em sua maioria, estão vinculados com suas funções, ou seja, são objetos, e principalmente espaços, com funções pré-definidas e limitadas, justamente o oposto do que sugere a arquitetura virtual, que nada mais é do que um conceito mais abstrato, que defende, além de liberdade, um processo aberto, afim de uma continuidade e interação com a pessoa, visando um maior bem-estar, por não limitar formal e materialmente os acontecimentos no ambiente. Dessa forma, problemas, soluções e outros problemas e outras soluções, estariam num local em que a flexibilidade os permitem explorar.
O digital é o que a tecnologia nos oferece de melhor, visando maior interatividade, maior praticidade, e problemas maiores também. Para a arquitetura virtual, o digital chegou como um forte aliado, capaz de nos fazer muito mais parte do projeto, ou seja, sermos uma ferramenta contínua de atualização do mesmo. Equipamentos eletrônicos, por exemplo, necessitam do nosso manuseio, e mesmo sendo fabricados em série, nos deixam livres para atualizá-los e completá-los a nosso modo.
E é justamente assim a ideia do nosso espaço virtual: “O Museu da Língua Portuguesa”. Quando entramos e nos deparamos com seu espaço digital, nos interagimos a chegar ao ponto de nos esquecer que estamos em um museu. Pois O Museu da Língua Portuguesa adota tal museografia a partir de um dado muito simples: seu acervo, nosso idioma, é um “patrimônio imaterial”, logo não pode ser guardado em uma redoma de vidro, e assim, exposto ao público.
O objeto em questão, o óculos 3D, reforça justamente essa ideia da realidade virtual, como um meio de reproduzir aspectos isolados do mundo físico no mundo digital. Mesmo não sendo um objeto eletrônico, necessita da interação direta para atingir seu objetivo. Por meio da sobreposição de imagens simultâneas com um pequeno deslocamento entre elas, conseguir algo tridimensional, efeito somente realizado pelo nosso cérebro.
No debate foram expostas muitas problemáticas com relação a essa crescente digitalização: meio ambiente, trânsito... E ainda acrescento algo muito discutido atualmente: a energia nuclear. A tecnologia, que é a mãe da digitalização, vem demandando uma energia além do que os meios “saudáveis” podem nos oferecer, a demanda é cada vez maior, mas esse é o dilema: não há como “regredir” para não causar danos, estamos numa busca constante por informação, informação esta que nunca será suficiente, e nessa corrida deste mundo moderno, caminhamos lado a lado com a tecnologia, levando junto uma constante virtualização das teorias. Nada fica de fora, nada está suficientemente pronto que não possa melhorar.
Fica a questão: Que tipo de arquitetura estaria apta a enfrentar um mundo em que, como diz o arquiteto Marcos Novak, “o plano morreu”?
As pessoas tendem a entender um projeto arquitetônico digital como uma arquitetura virtual, porém virtual não é necessariamente digital, embora possa ser; e o digital na maioria das vezes, não é virtual. Isto porque os projetos, em sua maioria, estão vinculados com suas funções, ou seja, são objetos, e principalmente espaços, com funções pré-definidas e limitadas, justamente o oposto do que sugere a arquitetura virtual, que nada mais é do que um conceito mais abstrato, que defende, além de liberdade, um processo aberto, afim de uma continuidade e interação com a pessoa, visando um maior bem-estar, por não limitar formal e materialmente os acontecimentos no ambiente. Dessa forma, problemas, soluções e outros problemas e outras soluções, estariam num local em que a flexibilidade os permitem explorar.
O digital é o que a tecnologia nos oferece de melhor, visando maior interatividade, maior praticidade, e problemas maiores também. Para a arquitetura virtual, o digital chegou como um forte aliado, capaz de nos fazer muito mais parte do projeto, ou seja, sermos uma ferramenta contínua de atualização do mesmo. Equipamentos eletrônicos, por exemplo, necessitam do nosso manuseio, e mesmo sendo fabricados em série, nos deixam livres para atualizá-los e completá-los a nosso modo.
E é justamente assim a ideia do nosso espaço virtual: “O Museu da Língua Portuguesa”. Quando entramos e nos deparamos com seu espaço digital, nos interagimos a chegar ao ponto de nos esquecer que estamos em um museu. Pois O Museu da Língua Portuguesa adota tal museografia a partir de um dado muito simples: seu acervo, nosso idioma, é um “patrimônio imaterial”, logo não pode ser guardado em uma redoma de vidro, e assim, exposto ao público.
O objeto em questão, o óculos 3D, reforça justamente essa ideia da realidade virtual, como um meio de reproduzir aspectos isolados do mundo físico no mundo digital. Mesmo não sendo um objeto eletrônico, necessita da interação direta para atingir seu objetivo. Por meio da sobreposição de imagens simultâneas com um pequeno deslocamento entre elas, conseguir algo tridimensional, efeito somente realizado pelo nosso cérebro.
No debate foram expostas muitas problemáticas com relação a essa crescente digitalização: meio ambiente, trânsito... E ainda acrescento algo muito discutido atualmente: a energia nuclear. A tecnologia, que é a mãe da digitalização, vem demandando uma energia além do que os meios “saudáveis” podem nos oferecer, a demanda é cada vez maior, mas esse é o dilema: não há como “regredir” para não causar danos, estamos numa busca constante por informação, informação esta que nunca será suficiente, e nessa corrida deste mundo moderno, caminhamos lado a lado com a tecnologia, levando junto uma constante virtualização das teorias. Nada fica de fora, nada está suficientemente pronto que não possa melhorar.
Fica a questão: Que tipo de arquitetura estaria apta a enfrentar um mundo em que, como diz o arquiteto Marcos Novak, “o plano morreu”?
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